Foi pela mão do ex-Presidente Barack Obama que os Estados Unidos deram o passo essencial para permitir ao Irão interromper o processo de enriquecimento de urânio com o objectivo de criar armas nucleares, envolvendo ainda o Reino Unido, a França, a Rússia, a China e a Alemanha, bem como a União Europeia, que no conjunto, formam o denominado grupo 5+1.

Todo esse esforço, e apesar de os restantes membros já terem dito que prosseguem o acordo mesmo sem os EUA, o Presidente Donald Trump, que tem visto aumentar os receios, mesmo dento da estrutura do Estado, de que não esteja mentalmente apto para o cargo, ameaça agora interromper esse acordo.

Quando este acordo seguia o seu caminho, tendo permitido, entre outras concretizações, acabar com o enriquecimento de urânio por Teerão e, ao mesmo tempo, desbloquear algumas sanções ocidentais ao país, como, por exemplo, o regresso ao mercado da venda de petróleo, Trump resolveu apontar falhas ao acordado e ameaçou pôr-lhe fim.

Entre as falhas notadas por Donald Trump, que os restantes membros não concordam, estão o ritmo das inspecções aos locais onde o Irão chegou a enriquecer urânio e a data para o fim das limitações.

Recorde-se que o Irão sempre recusou a ideia de que pretendia produzir uma bomba nuclear, fazendo-o, afirma o Governo de Teerão, para fins meramente económicos, para produzir energia.

Este argumento nunca caiu bem no ocidente porque se dizia que seria mais fácil optar pela energia solar, por exemplo, que, tal como o petróleo, não falta no país. Embora o mesmo não seja usado para a Arábia Saudita, que tem igualmente petróleo e sol mas já anunciou a construção de 25 centrais nucleares nos próximos anos.