O acidente ocorreu na manhã de segunda-feira, na lixeira de Hulene, a maior da capital moçambicana, e uma das maiores do país, havendo ainda vários feridos nos hospitais de Maputo.

Pelo menos cinco crianças estão entre as vítimas.

Por detrás do colapso do monte gigante de lixo compacto sobre o conjunto de habitações onde residiam a generalidade das vítimas estão as violentas chuvas que se fazem sentir na região nos últimos dias.

O bairro de Hulene, que dá nome à lixeira, é constituído por famílias pobres que se aglomeram em torno das montanhas de lixo da qual tiram os rendimentos para sobreviveram, vasculhando no lixo.

Segundo a imprensa moçambicana, há centenas de famílias que vivem exclusivamente do que encontram no lixo, contando-se cerca de 500 a viver no bairro de Hulene e muitas outras que para ali se dirigem diariamente.

Plásticos, metais, material orgânico, vidros... são alguns dos bens mais procurados pelas pessoas que retiram o seu sustento da lixeira de Hulene.

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) e o Serviço Nacional de Salvação Pública permanecem no local em busca de eventuais vítimas sob os escombros, uma possibilidade admitida pelas autoridades moçambicanas.