Numa declaração feita hoje, o Presidente zimbabueano, que tomou posse na sexta-feira, afirmou que até Fevereiro, o Governo vai permitir sem castigo que todos possam devolver o dinheiro, mas, findo este prazo, dará início à perseguição judicial dos que não aceitarem a amnistia.

Emmerson Mnangawa referia-se com especial incidência aos que colocaram dinheiro indevidamente retirado ao Estado para o colocaram no estrangeiro, dando cumprimenro a uma das exigências da população zimbabueana, que, durante mais de uma década dos últimos anos de governo de Robert Mugabe assistiu à impunidade com que o dinheiro, fruto de corrupção e negócios ilícitos com o estado, era colocado a salvo no exterior, contribuindo isso para a gigantesca pobreza que assola o país, onde mais de 90 por cento da população activa está desempregada.

"Aqueles que possam estar englobados neste grupo de pessoas são fortemente encorajados a aproveitarem esta vantagem e devolverem o dinheiro ilegalmente escondido no estrangeiro, ou bens adquiridos com dinheiro ilegal, por forma a evitarem o sofrimento e a ignomínia de serem visitados pelo longo braço da lei", avisou Mnangawa.

Uma das urgências do novo Presidente do Zimbabué é conseguir fazer entrar dinheiro na economia do país, exangue de divisas e de investimento que permita criar postos de trabalho, para satisfazer uma população cansada do desmando da governação de Robert Mugabe e dos públicos abusos da sua mulher, Grace.

Isto surge horas depois de ter sido divulgado que o casal Mugabe conseguiu uma larga amnistia para toda a vida desde que deixaram o poder, bem como uma gigantesca indemnização de milhões de dólares por terminar o mandato um ano antes do previsto, bem como o pagamento do salário até ao fim da vida, de mais de 140 mil dólares anuais.