A AMA aplicou uma pena de quatro anos à Rússia, ficando este país fora de todas as competições desportivas internacionais por causa de um escândalo que rebentou em 2015 e envolve a manipulação de dados em laboratórios russos como forma de camuflar dopagem de diversos atletas russos e de várias modalidades.

A decisão foi tomada hoje por decisão dos elementos que compõem a AMA e a Rússia já anunciou que vai recorrer deste decisão, que, de certa forma, já era esperada e foi antecedida de uma poderosa campanha nos media internacionais, especialmente os russos, como o canal por cabo RT, onde os atletas de top do país aparecem a garantir que não carecem de doping para tingir as boas marcas que ostentam.

A Rússia já por diversas vezes negou de forma veemente as acusações que têm sido consolidadas por várias investigações independentes e deverá agora recorrer da condenação num prazo de 21 dias estipulado para o efeito dirigindo o recurso ao Tribunal Arbitral do Desporto, com sede na Suíça, estando agora um dos países com mais campeões olímpicos de sempre dependente de estar em Tóquio no ano que vem do que ali for decidido.

Todavia, mesmo que o Tribunal Arbitral do Desporto mantenha a condenação da AMA, todos os atletas russos que não tenham sido apanhados nesta complexa teia de dopagem, e que tenham marcas suficientes, poderão deslocar-se a Tóquio na condição individual e sem uma bandeira, exigindo as regras que também os equipamentos tenham cores neutras, embora no futebol essa regra não possa ser aplicada.

Sem contar com a União Soviética, que desapareceu em 1989/90, a Rússia, desde 1994, nos Jogos Olímpicos, incluído os Jogos de Inverno, conseguiu 548 medalhas, incluindo 196 de ouro, sendo apenas ultrapassada pelos Estados Unidos da América.

No futebol, a Rússia nunca conseguiu destacar-se, sendo o seu melhor resultado de sempre, ainda com as camisolas da antiga URSS, um 4º lugar, em 1966, na Inglaterra.