Mnangagwa, do partido Zanu-PF, é, por consequência, declarado Presidente eleito da República do Zimbabué.

"Os argumentos apresentados pelo MDC para contestar o resultado das eleições foram considerados inconsistentes, disse à imprensa Luke Malaba, presidente do Tribunal Constitucional, esta sexta-feira no final das sessões que durante dois dias danalisaram o recurso que pretendia invalidar o processo eleitoral ou, no mínimo, obrigar a uma recontagem dos votos.

Segundo Luke Malaba, a decisão foi unânime entre os nove juízes que compõem o Tribunal Constitucional, que não encontraram qualquer indício de irregularidades que justificasse, sequer, uma recontagem dos votos.

O MDC, principal partido da oposição, liderado por Nelson Chamisa, baseou a apresentação deste recurso em alegadas provas de "fraude" e de "irregularidades na contagem dos votos".

"O escândalo da Comissão Eleitoral do Zimbabué que publicou falsos resultados, não verificados, é reprovável", disse na altura o líder da oposição, numa mensagem difundida através da rede social Twitter.

O Tribunal Constitucional diz agora que "as acusações não têm qualquer substância efectiva" e a decisão já não é passível de recurso.

Com 50,8% dos votos, "Emmerson Mnangagwa Dambudzo, do partido Zanu-PF, é por consequência declarado Presidente eleito da República do Zimbabué.

De lembrar que, dois dias depois das eleições, as ruas de Harare foram palco de sucessivas cenas de violência, com as forças de segurança a reprimir os apoiantes do MDC e a provocar seis mortes e dezenas de detidos, entre eles o antigo ministro das Finanças, Tendai Biti que foi libertado entretanto.