"Todas as razões morais estão a favor desse imposto", considera o Chefe de Estado do Uganda, para quem as redes sociais são "um lugar de mentiras".

Apologista da recém-introduzida taxa - que cobra o equivalente a 0,05 dólares por dia aos internautas que queiram aceder a plataformas como Facebook, WhatsApp, YouTube ou Twitter -, o Presidente da República considera que os seus utilizadores estão a desperdiçar tempo e riqueza ao país.

Para Yoweri Museveni, que não se coíbe de usar o Twitter para maldizer as redes sociais, estas apenas atraem pessoas que se podem dar ao luxo de as usar ou que querem cometer maus actos.

Opinião diferente têm os usuários dessas plataformas, que contestam a nova lei, aprovada no passado mês de Maio no Parlamento.

"As redes sociais são hoje um canal essencial de comunicação, que os utilizadores usam para manter contacto com pessoas queridas, conversar com amigos, para socialização e mobilização... esse imposto reflecte uma grande ganância", considerou um trabalhador de Kampala, capital do país africano, em declarações à agência de notícias Reuters.

A medida também já desencadeou a oposição da Amnistia Internacional, que apela à sua revogação.