"Recebemos um convite da Noruega e quero dizer-vos: vamos aceitá-lo", afirmou o líder do parlamento, num comício na cidade de Carora, no oeste da Venezuela, citado pela agência Efe.

No sábado, a Noruega anunciou que representantes do governo de Nicolas Maduro e da oposição venezuelana regressam na próxima semana a Oslo, no âmbito da mediação norueguesa para encontrar uma solução para a crise no país sul-americano.

Ainda assim, Guaidó pediu aos partidários que não confundam "os meios com os objectivos", assegurando que "está muito próximo" de conseguir a saída de Maduro do poder.

Mais tarde, em comunicado, explicou que decidiu aceitar o convite da Noruega "para explorar uma possível solução" que ponha fim à "usurpação" que considera ser a presidência de Maduro.

A delegação da oposição é composta pelo segundo vice-presidente do parlamento, Stalin González, o ex-deputado Gerardo Blyde e o antigo ministro dos Transportes e Comunicações Fernando Martinez Mottola (1992-1993).

A Noruega, país anfitrião do Nobel da Paz, tem uma longa tradição de mediação, tendo acolhido, por exemplo, a negociação dos acordos de paz israelo-palestinianos.

A crise política na Venezuela agravou-se a 23 de Janeiro, quando Juan Guaidó, líder do parlamento, jurou assumir as funções de Presidente interino e prometeu formar um Governo de transição e organizar eleições livres, obtendo apoio de mais de 50 países.