Poderia ser de um realizador de cinema, de mogno, ou de pau-preto, uma espreguiçadeira ou emoldurada em ouro, mas a verdade é que se houve um dia em que a cadeira começou a desabar em Espanha ou em Portugal, aqui também houve um dia em que, depois de a terem começado a despedaçar e a ir abaixo, a cadeira acabou por tombar de vez, estatelando-se, agora, ao comprido, em plena via pública e perante numerosa assistência, o seu antigo ocupante.

Se da Espanha de Franco, com "o generalíssimo", o culto de personalidade cimentado à sua volta foi aqui replicado a níveis demenciais pelos súbditos do principal discípulo dessa prática; de Portugal, o estilo de governação de Salazar, que quando não queria que se fizesse alguma coisa mandava instituir uma comissão, também aqui foi reproduzido pelo dono da cadeira.

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)