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Vem o caso a propósito da visita que João Lourenço efectuou ao Parlamento Europeu, tornando-se assim no primeiro estadista angolano a proferir um discurso naquele hemiciclo, após largos anos de incompreensões e de crispações desnecessárias, decorrentes de um extremar de posições, sobretudo da parte angolana, na sequência de uma sucessão de acontecimentos, alguns deles caricatos, envolvendo dirigentes angolanos, por um lado, e flagrantes violações dos direitos humanos, privações de liberdade arbitrárias, por outro, como foi de resto o caso dos presos políticos do processo "15+Duas".

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Os dirigentes angolanos nunca viram com bons olhos o facto de estarem sob a guarda de olhares externos. Almejaram financiamento estrangeiro mas nunca quiseram submeter-se às regras do jogo, mesmo quando o critério nem era a sobrefacturação, mas uma simples auditoria às contas do país. Temos alimentado a ideia, discutível, claro está, segundo a qual não interessava, também, aos dirigentes angolanos ser a comunidade europeia a financiar a democracia.

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