Pensando bem: nem é tão estranho assim que haja doutores de ouvido. Temos exemplos: Óscar Ribas era cego, escutava o que o acompanhante lhe lia, ouvia o que os velhos lhe diziam e construiu ditando, uma obra de mérito indiscutível; António Feliciano de Castilho, cego igualmente, foi poeta e um pedagogo português de grande mérito; Helena Keller, cega, surda e muda, só com o sentido, o do tacto conseguiu doutorar-se e escrever uma impressionante obra pedagógica internacionalmente reconhecida.

(Pode ler esta crónica na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)