Ristes da miséria estendida nos Alpes da vida luandense. Morros com vidas humanas em montra de podridão. Pirilampos em noite escura no alto da pirâmide da Samba e da Boavista. Há séculos que lá estão. E só lembrados quando assaltados pelos projectos imobiliários que querem transformar-se em faróis e farolins dos tempos que correm. Morros de vida descabida. São seres esquecidos pela sorte e acossados pela fome. São seres vistos em boletim estatístico pela morte prematura de seres imberbes que geram imberbes, quando as culpas são apontadas à ausência de contraceptivos.

(Leia a crónica de Nok Nogueira na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui http://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)