A eleição do novo Presidente da República em Angola e, por conseguinte, a forma como se acotovelam hoje algumas figuras no sentido de, em primeiríssima instância, se salvarem de eventuais processos-crime e, segundo, reposicionarem os seus interesses político-económicos no país - se, por um lado, tem confirmado tudo aquilo que há largos anos já era avançado como uma verdade impronunciável sobre o modo como muitos fizeram riquezas no país, por outro - vêm dar, infelizmente, uma vez mais, razão àquilo que o músico e activista britânico Bob Geldof havia chamado de "cleptocracia angolana", ou seja, "um país governado por ladrões".
A caracterização feita por Geldof, se já era forte à data do seu pronunciamento, não deixou de o ser nos dias que correm - apesar do "discurso solitário" de João Lourenço contra a corrupção - por estarmos em presença de uma afirmação categórica que pode ferir ou violar direitos de personalidade de determinadas figuras que estiveram à frente de cargos públicos governamentais e que sempre se mantiveram fiéis a determinados princípios e valores.
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