Há, se quisermos, entretanto, uma terceira via de análise, que tem que ver com o facto de o MPLA se ter enraizado numa cultura monolítica herdada do monopartidarismo, tendo ainda hoje, do ponto de vista real e estrutural, prerrogativas de um partido-Estado.

Aparentemente, sim, o MPLA tem em mãos as principais iniciativas do país e poderá pô-las em marcha quando assim o entender, aliás, como até aqui o fez e o tem feito, só que na maior parte das vezes - este é o outro lado da verdade pouco discutida e analisada - o partido no poder foi forçado a fazer essas viragens de acerto do passo, fruto sobretudo de circunstâncias e factores que emanam de contextos alheios a si e não da adopção ou escolha de um paradigma em detrimento de outro que resulte de uma estratégia política genuína.

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