O último discurso que fez no âmbito da sexta reunião do Comité Central do seu partido - através do qual João Lourenço incorpora sem filtros as inúmeras e mais verdadeiras críticas que eram dirigidas à anterior governação e ao anterior titular do poder do Poder Executivo, mas que o partido dos camaradas sempre sonegou - diz bem do que deverá vir a ser o MPLA dos próximos três anos, no mínimo, na medida em que aos altos dirigentes do partido dos camaradas não restará pouco menos deste tempo para alinharem os seus discursos ao do líder.

O que ainda intriga muita gente, e a nós também, que sempre nos posicionamos no lugar daqueles que alimentam o cepticismo hormonal até que as práticas evocadas se traduzam em práticas quotidianas, é o facto de neste momento haver uma única voz que vem a público apontar um diagnóstico que não é novo para a sociedade, mas é-o na prática discursiva de um líder do MPLA que continua a falar na necessidade de inovar a postura do partido perante a administração do Estado.

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