Os sistemas foram montados para garantir que a maioria dos cidadãos percam. Porém, os casinos permitem a existência de uns poucos que contornam os sistemas e, de vez em quando, vão ganhando. Stephen Paddock, o homem que está no centro das atenções de todo o mundo, por ter matado 59 pessoas e ferido quase quinhentas que assistiam a um concerto de música country, é um deles.

Há uma pergunta que vai preocupando as pessoas que tentam entender o pior massacre na história americana recente. Os canais de televisão estão cheios de psicólogos - os livros sobre os homens brancos (sim, sempre brancos na sua maioria) que, revoltados atiram contra o público, estão a vender bem. Há quem vá fulminando, dizendo que isto é uma prova, mais uma vez, de que a sociedade não está com Deus. Claro que do outro lado há o debate de sempre sobre o papel das armas na sociedade americana. De um lado há os que insistem que deveria mesmo existir uma lei que evitasse que as pessoas pudessem comprar armas com facilidade. Do outro lado, há os conservadores que dizem que o direito do cidadão possuir armas está consagrado na própria fundação da nação. Há muitos dedos acusatórios que vão apontando ao lobby da National Riffle Association - a Associação dos fabricantes de armas, cuja capacidade de fazer lobby é fenomenal.

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