Entre os candidatos da altura, apenas o general Paulo Lukamba Gato parece ter entendido que, mais do que combater o MPLA, a UNITA precisava de se agarrar a ele como parceiro da paz, parceiro político na governação e conquistar o estatuto de co-construtor do novo país. Essa visão resumiu-se na época à proposta de um pacto de regime com o MPLA por via do qual a UNITA seria também participante do processo de reconciliação e de reconstrução, estaria vinculada aos grandes projectos e daria de si uma imagem positiva. O MPLA, se essa estratégia tivesse avançado, não teria como prosseguir, como se veio a verificar, com uma estratégia de colagem do partido de Jonas Savimbi à guerra e seus efeitos e, por outro lado, ela não daria de si mesma uma imagem de um partido negativo.

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