O maior elogio que pode ser feito ao Presidente João Lourenço a propósito do discurso sobre o Estado da Nação é o de que nenhum outro havia suscitado tanta análise e debate. Esta é uma prova inequívoca da abertura da sociedade e estou convicto que é essa abertura que vai, ou pode, permitir "corrigir o que está mal", de modo a conseguirmos uma transição política que nos permita a construção de um país melhor para se viver. Por isso continuo a manifestar, apesar dos pontos fracos que subsistem, o meu apoio ao Presidente. Ele bem precisa de apoio de quem se julgue patriota para a hercúlea tarefa de gerir esta complexa transição a que se propôs. E, neste dia 15, ficámos com a plena certeza disso. Esse apoio não é de modo algum platónico. Baseia-se na atitude e no desempenho protagonizados pelo Presidente que estão a mudar substancialmente o País, sendo que a mudança não é maior por permanecerem muitas réstias de uma herança assustadoramente pesada.
Mas hoje a minha conversa tem um forte sentido crítico, apesar de reconhecer muitos aspectos positivos no discurso do passado dia 15. Uma das críticas aos discursos sobre o Estado da Nação desde o início em 2013 tem sido a ausência de informação estatística sobre as realizações. Desta vez ninguém se queixou de falta de informação. Desta vez, o problema foi de outro tipo.
Muitas têm sido as vozes críticas sobre o velho problema da comunicação institucional em Angola, e em particular da que diz respeito ao Executivo e ao seu Titular. Se em alguns casos os erros têm pouco significado, noutros estão a ser bem nocivos para as respectivas imagens.
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