Por outro lado, incomoda-me o modo como os dirigentes políticos e governantes se referem à população pobre ou mais carente. A partir de certa altura, quase sem excepção, os operários e camponeses de outrora passaram a ser "o nosso povo", como algo que lhes pertencesse, o que implicava, desde logo, que eles, fazendo parte das elites, não se consideravam - como continuam a não se considerar - elementos do povo.

Tenho meditado ao longo dos anos sobre o significado de tais frases e a percepção que hoje prevalece relativamente ao que é o "povo".

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)