Quem conseguiu pedalar, ofegante e destroçado, lá cortou a meta, mesmo de gatas.

Quem não soube pedalar, na cauda da fila, não resistiu, caiu da bicicleta e, inanimado e sem auxílio dos brigadistas da Cruz Vermelha, acabou por resvalar ingloriamente para a ribanceira e para a morgue do esquecimento...

É assim que, desde a Grécia antiga, têm agido, ao longo de séculos, os poderes de (quase) todo o mundo. Foi assim que agiu também o poder que, nos últimos tempos, decidiu colocar uma trela na manada indígena.

Por isso é que esse poder ao distribuir as bicicletas, fê-lo intencionalmente a um grupo muito restrito de ciclistas.

Assente num pacto de cumplicidades mútuas, apoiadas em favores familiares e em compadrios de caserna partidária, esse poder não poderá escapar a uma "terapia de choque" de João Lourenço.

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