Basta olharmos para o nosso passado de distorção governativa dos últimos quarenta anos. Basta reconhecer que a geração que liderou o processo de Independência, em matéria de gestão da "coisa" pública, falhou redondamente.

E se não soubermos corrigir o tiro, não haverá também nenhuma varinha mágica que garanta agora que venha a ser transponível.

Alvin Toffler bem avisou, ainda em 1970, que o "choque do futuro" não seria fácil. Viria com dores. No nosso caso, são dores de crescimento, de ajustamento e de correcção.

Atravessar com sucesso o Rubicão depende, pois, da solidez da jangada, do espírito de equipa, da coerência de princípios, firmeza de atitude e da capacidade de liderança do timoneiro.

Depende da capacidade de não voltarmos a estar apoiados em velhas ideias, nem em tentar reformar o que, manifestamente, é irreformável.

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)