As poucas vezes que se falava do tio Hugo eram sempre fugazes. E, quando na minha curiosidade infantil fazia perguntas, as respostas eram lacónicas e por vezes erráticas. Mas algo não batia certo! Falava-se do tio Hugo, da sua infância e juventude; da época da sua permanência em Portugal, enquanto estudante. Era o caçula de seis irmãos. Diziam os mais-velhos que era muito gozão e gostava de pregar partidas. Mas depois, a partir da altura em que acabara o curso de medicina, era um vazio. Havia uma barreira de silêncio. Não se falava.

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