No entanto, apesar das mudanças, há práticas e silêncios do passado que parecem imutáveis e levam tempo a ser removidos na nossa prática pública. Tais silêncios são hoje um dos grandes perigos reais que se levantam contra a confiança no processo de combate à corrupção dirigido pelo Presidente da República.

À volta de João Lourenço criou-se, desde o seu primeiro discurso na tomada de posse, uma onda de optimismo e disponibilidade dos cidadãos para a mudança. Ao entrar, o Presidente soube interpretar a enorme vontade de mudança e usá-la para mobilizar inclusive as franjas de cépticos e descrentes. À medida que os meses passam, avolumam-se os riscos do "deixa-andar", e o carácter resoluto "pró-mudança" e todo o generalizado empolgamento também se vai perdendo.

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