Devo confessar que não acompanhei, nem o início, nem o final dessa Conferência. Também não li matéria nem ouvi notícia sobre ela, facto que me incapacita de falar com precisão sobre as decisões que terão sido tomadas no evento. Apesar de tudo, quase posso garantir que não deixaram de acontecer os pronunciamentos da praxe a enaltecer a importância do certame que, desde logo, não lhe poderia ser negada. Anotou-se, com toda a certeza, a oportunidade do debate desta tese, e de ter sido realizada a tão alto nível. O contexto que se vive, de permanente busca de soluções para as questões mais candentes da situação socioeconómica de Angola, terá feito do tema da mobilidade, e todas as ocorrências que lhe são intrínsecas - do congestionamento do trânsito em Luanda e noutros centros do país ao estacionamento de viaturas, e indo dessas makas à acção da Polícia de Trânsito, tão acutilante quanto a dos fiscais do Governo Provincial -, um acontecimento muito importante. É natural que na discussão do assunto não tivessem sido contabilizados, de facto, os números que traduzem o elevado prejuízo causado diariamente à economia do país, resultante das anomalias geradas pelos engarrafamentos, que dificultam a mobilidade das pessoas e dos bens, não apenas na cidade capital, mas em quase todo o território nacional. Não posso crer que, pelo menos, não tenha sido dada especial atenção a esse aspecto tão particular. Presumo, pois, que, em suma, tenha sido esse, o clima que rodeou o Encontro. O objectivo era mesmo o de inventariar os problemas e gerar as estratégias.

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