Os cidadãos, como escreveu Bagão Félix, esperam por uma ruptura com um mundo tatuado de fantasia, que misturando "meia verdade, notícia falsa, rumor, dilação, exagero, ilusão, manipulação e outras formas capciosas para abastardar a factualidade", obrigava-nos a viver subjugados "à magia de se dividir a verdade para multiplicar a mentira".

Os cidadãos esperam por um discurso e uma prática que travem as tentações do activismo judiciário para que não se atribua à Procuradoria-Geral da República a responsabilidade pelos "julgamentos populares" que correm nos "tribunais da opinião pública".

Os cidadãos esperam por isso porque também estão cansados de ser matraqueados com "julgamentos" veiculados em palcos convertidos num terreno fértil ao achincalhamento, à barbárie e a condenações gratuitas num tempo em que "nunca houve tanta informação disponível na mesma exacta medida da contrainformação, das grandes mentiras disfarçadas de verdades ou das pequenas mentiras a encobrir grandes verdades".

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