No seu primeiro dia da Independência Nacional como Chefe de Estado e do Governo, João Lourenço lembrou que Angola enfrentou inúmeros desafios e obstáculos para chegar aos dias de hoje, mas sublinhou que o país ainda tem um longo caminho a percorrer.

"Depois da conquista da nossa independência política e salvaguarda da integridade territorial do país, da unidade nacional, da democracia, da paz e da reconciliação nacional à custa da determinação, coragem e sacrifícios do nosso povo, falta agora a conquista da nossa independência económica. Sem esta se concretizar, a independência política que hoje celebramos, ainda não está completa", assinalou o Presidente da República, no seu primeiro discurso alusivo ao 11 de Novembro.

Falando na Huíla, província que acolheu o acto central das comemorações da Dipanda, João Lourenço reforçou que "a grande batalha que temos pela frente é a do desenvolvimento da nossa economia", combate que exigirá "muita inteligência, dedicação ao estudo e ao trabalho, disciplina, mas sobretudo, coragem para se tomarem as medidas de reformas que se impõem".

Os esforços, já visíveis na restruturação das administrações de várias empresas públicas, passa por "neutralizar ou reduzir a influência nefasta dos que apenas se preocupam em se servir a si mesmo e descurando a necessidade da defesa do bem comum", apontou o Chefe de Estado.

João Lourenço apelou também à mobilização dos melhores quadros, "atendendo apenas ao seu desejo de bem servir o país e à sua honestidade e competência".

Confiante no potencial nacional, o número um do Estado angolano defendeu ainda que "o país é de todos nós", pelo que "temos de ser nós a esforçarmo-nos por servi-lo da melhor maneira, cada um na sua área de actuação", no sentido de desenvolver as enormes potencialidades económicas e "garantir o progresso social e bem-estar para o povo angolano"