"Temos a responsabilidade moral de tornar a UNITA num partido político dinâmico, congregador de todas as vontades, focado na vitória das próximas eleições autárquicas em 2020 e gerais em 2022", referiu Alcides Sakala, quando apresentava o seu manifesto eleitoral.

Alcides Sakala referiu que pretende "uma liderança motivacional democrática, mas não permissiva, formadora de actuais e futuras gerações, adequando a cultura organizacional aos ditames do mundo globalizado, dinâmico e competitivo".

Lembrou que, desde o nono congresso, a UNITA fez a aposta consciente de aprofundar a democracia interna, introduzindo também o princípio de candidaturas múltiplas para a sua liderança.

O porta-voz da UNITA comprometeu-se a dar um contributo que alavanque as conquistas democráticas alcançadas pela UNITA, com vista ao exercício do poder político democrático para a materialização efectiva dos ideias definidos, na fundação da organização.

De acordo com Alcides Sakala, a sua candidatura representa a valorização da mulher angolana, dotando-a de meios à altura dos desafios e do tipo de luta a travar.

"Assentamos o nosso pensamento em priorizar a juventude da UNITA, no entrosamento com os demais extractos da sociedade, transmitindo incessantemente, com clareza e vigor, a mensagem do partido para a valorização dos mesmos", prometeu.

Lamentou que o País atravesse "uma situação difícil, criada pelas sucessivas fraudes eleitorais, má gestão e desvios do erário público, corrupção institucionalizada, pobreza extrema, gritante situação de injustiça social e insatisfação das necessidades básicas da maioria da população, falta de oportunidades iguais, económicas e culturais", uma realidade que, segundo Sakala, "impede e dificulta a participação da maioria dos angolanos na discussão e no controlo das decisões que interessam às comunidades".

Disse também que vai priorizar a assistência financeira aos recursos humanos, sobretudo àqueles que prestam o seu tempo integral ao serviço do partido, alocando ordinariamente verbas respeitantes ao custo com o pessoal das estruturas intermédias e de base, permitindo que sejam assistidos para melhor desempenharem o seu verdadeiro papel na organização.

"A UNITA terá, pela primeira vez, a oportunidade de administrar autarquias, exercendo poder real. Nascerá daí a dicotomia de sermos oposição e poder ao mesmo tempo", frisou, salientando que o desempenho dos seus autarcas passará a ser alvo de escrutínio e critério de avaliação da capacidade de governar, por parte da sociedade.

"É, pois, um desafio para o qual temos fórmulas de soluções para conduzir campanhas bem-sucedidas em cada município, mobilizando quadros da sociedade para trabalharem connosco, procurando treino adequado daqueles que nos representarão neste exercício, buscando parcerias, assessoria económicas para autarcas da UNITA, e alcançando o melhor desempenho na organização e gestão de governos locais"; salientou.

"Estou ao dispor e pronto a servir o partido, Angola e os angolanos, pronto a correr riscos de toda a espécie em vosso nome e em nome da nossa Pátria comum", concluiu.