O primeiro acto da presidência de Angola ocorre a 4 de Setembro, com a cerimónia de abertura do Mês Africano da Amnistia, uma efeméride comemorada todos os anos, decidida pelos Chefes de Estado e de Governo africanos na cimeira de Julho de 2017, com vista a recolha de armas ligeiras e de pequeno calibre e a mobilização dos Estados africanos para a implementação do roteiro da UA de silenciar as armas até 2020.

O tema do financiamento pelos países do continente das acções de manutenção da Paz em África" também faz parte da agenda, pois quer Angola, quer os restantes países africanos defendem que os Estados do continente devem financiar as operações de prevenção, manutenção ou imposição da paz em África até um limite máximo de 25 porcento - "num gesto generoso dos Estados Africanos" - cabendo o restante às Nações Unidas, "uma vez que a manutenção da paz e segurança no mundo é responsabilidade primária do Conselho de Segurança da ONU", escreve a Angop, a partir de Adis Abeba (Etiópia).

Durante a presidência angolana, o CPS deverá reunir-se a nível ministerial (Negócios Estrangeiros) à margem da próxima sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, na terceira semana de Setembro, em Nova Iorque, onde estará presente o chefe de Estado angolano, João Lourenço.

Constam ainda da agenda da presidência angolana as análises da situação em países como o Burundi e a República Centro-Africana, a situação da Capacidade Africana de Reação Imediata às Crises (CARIC), a coordenação das acções de paz e segurança entre o CPS e os mecanismos regionais continentais.

Angola foi eleita em Janeiro de 2018 para um mandato de dois anos como membro do Conselho de Paz e Segurança, o principal órgão encarregado da garantia da paz e segurança no continente e que integra 15 membros - República do Congo, Djibuti, Egito, Gabão, Guiné Equatorial, Libéria, Marrocos, Nigéria, Quénia, Ruanda, Serra Leoa, Togo, Zâmbia e Zimbabué.

O Conselho de Paz e Segurança funciona na sede da UA, em Addis Abeba, e é assistido nas suas deliberações por um comité militar e outro de peritos diplomatas.

As sessões de Setembro serão presididas pelo representante permanente de Angola junto da União Africana e da Comissão Económica das Nações Unidas para África, Arcanjo Nascimento.

Em Outubro, o cargo vai ser exercido pela República do Congo.