Segundo informações a que o Novo Jornal Online teve acesso junto da 7ª Comissão da Assembleia Nacional, que trata dos assuntos de cultura, religião, comunicação social, juventude e desportos, o parlamento juvenil será constituído por 230 estudantes, oriundos de todas as províncias do país, com base num processo de selecção que se inicia nos municípios e culmina com a apuração nacional.

A selecção deverá contar com a participação de alunos do ensino secundário que, com base nos termos estabelecidos no programa, deverão concorrer entre si para eleger os melhores estudantes para a fase provincial e, posteriormente, a fase final.

Os estudantes vão passar alguns dias vivendo o dia-a-dia de um deputado, discutindo e aprimorando projectos de lei que eles mesmos deverão criar a partir das respectivas zonas de origem onde serão eleitos.

A Assembleia Nacional vai associar a implementação do parlamento juvenil ao calendário académico no ensino médio, tendo sempre em conta os períodos de férias.

Refira-se que no primeiro encontro das Plataformas Juvenis Angolanas, a presidente em exercício da Assembleia Nacional, Joana Lina Cândido, mencionou que a formação de uma cultura de cidadania inclusiva e participativa serviu como eixo fundamental da reunião, que objectivou o reforço do diálogo com as gerações anteriores.

Joana Lina Cândido disse que "é preciso investir na juventude para que essa tenha perspectivas de progresso e desenvolvimento pessoal, emocional e profissional, sem limitações, no espaço cultural, político, económico, social e cívico".

A parlamentar também alertou para "o compromisso com a pátria", que sempre caracterizou a vida da juventude, mas que ocupa cada vez menos espaço entre os jovens, o que hoje dificulta a conciliação entre a liberdade e a obediência.

"As diferentes visões sobre a juventude devem encontrar espaço de acomodação nas políticas públicas e no campo da promoção das práticas juvenis, pois começa a registar-se mudanças significativas nos paradigmas de participação dos jovens", advogou a também 1ª vice-presidente da Assembleia Nacional.

Para Joana Lina Cândido, "as Plataformas Juvenis e as associações são espaços privilegiados de representação e organização da participação da juventude, que atendem à sua pluralidade nas suas diversas formas de expressão, unindo os jovens em torno de objectivos comuns".