No mesmo comunicado, o Governo declara que "tem acompanhado com muita preocupação os últimos desenvolvimentos da situação no território da Palestina".

De acordo com o documento, "a situação naquele território é caracterizada por uma espiral de violência, que põe em perigo os esforços da comunidade internacional para um processo negocial baseado nas resoluções das Nações Unidas, que estabelecem a existência de dois Estados, como única solução justa e duradoura".

Na segunda-feira, o exército Israelita avançou contra os milhares de manifestantes que protestavam contra a transferência da embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém, tendo provocado mais de 50 mortos e milhares de feridos, num massacre que foi condenado pela maioria dos países, mas com a África do Sul e a Turquia a tomar medidas extremas, chamando os seus embaixadores em Tel Aviv, o que é, no meio diplomático, um dos mais veementes protestos antes do corte de relações.

De lembrar que a maioria dos países recusou fazer-se representar na cerimónia de inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém, com vários pedidos de uma investigação internacional sobre o porquê do uso de força excessiva e desproporcional - tiro de espingarda automática contra pedras arremessadas pelos palestinianos -, tendo Angola integrado o grupo de 32 países que ocorreu à abertura da representação diplomática norte-americana na Cidade Santa, que coincide com o reconhecimento por Washington da disputada cidade como capital do Estado judaico.