As questões de segurança e de cooperação regional entres os quatro países serão a prioridade da agenda desta cimeira, segundo uma nota da Casa Civil do Presidente da República.

Em Junho, Angola e Rwanda decidiram juntar-se à República Democrática do Congo (RDC) nos esforços para erradicar o fenómeno dos grupos armados congoleses e estrangeiros que actuam neste país vizinho e criam insegurança e instabilidade na região.

A decisão foi anunciada em N"Sele, a leste da capital congolesa, no termo de uma mini-cimeira que reuniu os chefes de Estado dos três países vizinhos da sub-região central de África, designadamente João Lourenço, de Angola, Paul Kagamé, do Ruanda, e Félix Tshisekedi, da RDC.

Segundo a declaração final do encontro, lida pelo ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, os demais chefes de Estado da região que não tomaram parte no encontro serão também convidados a integrar esta iniciativa sub-regional.

Para o efeito, a cimeira tripartida decidiu relançar a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), como plataforma ideal para a resolução dos problemas que afligem a região.

No plano da integração económica, os três estadistas comprometeram-se a tudo fazer para reabilitar e reforçar a linha férrea Kolwezi-Dilolo, na RDC, visando a sua ligação ao Lobito, através do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), na região centro-costeira de Angola.

O encontro de N"Sele decorreu à margem das exéquias de Etienne Tshisekedi, antigo líder da oposição congolesa e pai do actual Presidente da RDC, falecido em Fevereiro de 2017, em Bruxelas (Bélgica).