Segundo uma fonte do MPLA, que confidenciou a informação ao Novo Jornal Online, as conferências extraordinárias deverão ter lugar nas províncias de Luanda, Uije, Moxico e Lunda Sul.

O actual governador de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, poderá ocupar o cargo no partido deixado vago por Higino Carneiro, que é agora segundo vice-presidente da Assembleia Nacional.

A conferência também se estende à província do Moxico, onde foi colocado Gonçalves Muandumba, que vai preencher a vaga deixada por Ernesto dos Santos "Liberdade", actual ministro dos Antigos Combates e Veteranos da Pátria.

A fonte não precisou quem vai substituir Cândida Narciso, que coordenava a direcção do MPLA na província da Lunda Sul, e Paulo Pombolo no Uije. Já Ernesto Kiteculo (governador da Lunda Sul) e Pinda Simão (governador do Uige) não são membros do Comité Central do MPLA.

"As conferências provinciais vão fazer um arranjo para resolver urgentemente este problema", disse ao Novo Jornal Online a mesma fonte.

De recordar que nas eleições passadas o MPLA ficou em primeiro lugar, com 4.115.302 dos votos (61,077%), elegendo 151 deputados.

Na segunda posição, surge o partido liderado por Isaías Samakuva, a UNITA, com 1.800.860 dos votos (26,72%), o que lhe conferiu 51 dos 220 deputados eleitos.

A Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE) ficou em terceiro lugar, com 639.789 votantes, ou seja 9,49% da preferência dos eleitores, o que representa 16 mandatos parlamentares.

No quarto lugar está o PRS, com 89.763 votos (1,33%), o que representa dois deputados, e, na quinta posição, a FNLA, com 61.394 eleitores (0,91%), com direito a um parlamentar.

A APN ocupou a última posição, com 33.437 preferentes (0,50%), votação suficiente para evitar a extinção, mas insuficiente para conquistar um mandato.

O MPLA foi fundado a 10 de dezembro de 1956, então como um dos movimentos de oposição ao regime colonial português, tendo proclamado a independência de Angola, através do líder e primeiro Presidente angolano, António Agostinho Neto.

O partido está no poder em Angola desde 11 de novembro de 1975.