"O país não envia os duodécimos, através do Ministério das Finanças, com regularidade, sob o pretexto da crise que assola Angola", informou a mesma fonte.

O funcionário reconheceu que "o país tem outras prioridades (Saúde e Educação), mas não é possível esquecer que existem responsabilidades internacionais assumidas pelo Estado angolano no exterior que devem ser honradas, sob pena de afundar ainda mais a imagem e a reputação de Angola".

"Com a crise, muitos embaixadores, sobretudo os que estão na Europa, viajam em primeira classe, prejudicando ainda mais os cofres da missão que reclamam ter já quantias irrisórias", acrescentou.

Os responsáveis das missões viajam em serviço para Luanda, em consultas quando chamados, em classe "C" (vulgo executiva), pelo menos quatro vezes por ano, numa média de duas viagens por semestre, lamentou.

Segundo a mesma fonte, "nos países onde a TAAG tem voos regulares, aplica-se o princípio de 50% de desconto nos bilhetes de passagem, ao abrigo do acordo existente entre o Ministério dos Transportes e das Relações Exteriores".

"Aqui aproveitamos para fazer uma chamada de atenção para o facto de haver embaixadores que viajam para Luanda sem o consentimento do próprio ministro das Relações Exteriores e, quando são abordados na capital do país, mentem e dizem que foram chamados pelo Presidente da República".

Recentemente, o ministro das Relações Exteriores Georges Rebelo Chikoti, apontou a necessidade de se fazer uma contenção de gastos nas representações diplomáticas de Angola.

"Vamos reajustar as nossas despesas. Vamos suspender alguns programas, particularmente com o objectivo de expandirmos a nossa rede diplomática. Vamos reduzir algumas saídas, mas iremos procurar manter a nossa acção no quadro da nossa política externa, tendo em conta as responsabilidades ao nível dos Grandes Lagos e do Conselho de Segurança das Nações Unidas", alertou Georges Rebelo Chikoti, a propósito do baixo preço do petróleo.

O chefe da Diplomacia angolana reiterou que o mercado nacional não vive, por enquanto, uma crise, mas apenas uma quebra no preço de um dos produtos que sustenta o Orçamento Geral do Estado.

Segundo o ministro, a estratégia para fazer face à situação "já começou há muito tempo, com a diversificação da economia". Apesar de levar algum tempo é aí que assenta a estratégia do país "com potenciais parceiros, como a Venezuela, Brasil, Argentina, Índia, China, entre outros".

Crise de divisas deixa funcionários das Embaixadas de Angola na Europa sem salários

As embaixadas de Angola acreditadas na Europa estão sem salários, na sequência da crise económica resultante da queda do preço do petróleo no mercado internacional.

Segundo um funcionário de uma das embaixadas que prestou informações ao Novo Jornal, "os diplomatas e demais funcionários estão de mãos atadas face à situação".

"O país não envia os duodécimos, através do Ministério das Finanças, com regularidade, sob o pretexto da crise que assola Angola", informou a mesma fonte.

O funcionário reconheceu que "o país tem outras prioridades (Saúde e Educação), mas não é possível esquecer que existem responsabilidades internacionais assumidas pelo Estado angolano no exterior que devem ser honradas, sob pena de afundar ainda mais a imagem e a reputação de Angola".

"Com a crise, muitos embaixadores, sobretudo os que estão na Europa, viajam em primeira classe, prejudicando ainda mais os cofres da missão que reclamam ter já quantias irrisórias", acrescentou.

Os responsáveis das missões viajam em serviço para Luanda, em consultas quando chamados, em classe "C" (vulgo executiva), pelo menos quatro vezes por ano, numa média de duas viagens por semestre, lamentou.

Segundo a mesma fonte, "nos países onde a TAAG tem voos regulares, aplica-se o princípio de 50% de desconto nos bilhetes de passagem, ao abrigo do acordo existente entre o Ministério dos Transportes e das Relações Exteriores".

"Aqui aproveitamos para fazer uma chamada de atenção para o facto de haver embaixadores que viajam para Luanda sem o consentimento do próprio ministro das Relações Exteriores e, quando são abordados na capital do país, mentem e dizem que foram chamados pelo Presidente da República".

Recentemente, o ministro das Relações Exteriores Georges Rebelo Chikoti, apontou a necessidade de se fazer uma contenção de gastos nas representações diplomáticas de Angola.

"Vamos reajustar as nossas despesas. Vamos suspender alguns programas, particularmente com o objectivo de expandirmos a nossa rede diplomática. Vamos reduzir algumas saídas, mas iremos procurar manter a nossa acção no quadro da nossa política externa, tendo em conta as responsabilidades ao nível dos Grandes Lagos e do Conselho de Segurança das Nações Unidas", alertou Georges Rebelo Chikoti, a propósito do baixo preço do petróleo.

O chefe da Diplomacia angolana reiterou que o mercado nacional não vive, por enquanto, uma crise, mas apenas uma quebra no preço de um dos produtos que sustenta o Orçamento Geral do Estado.

Segundo o ministro, a estratégia para fazer face à situação "já começou há muito tempo, com a diversificação da economia". Apesar de levar algum tempo é aí que assenta a estratégia do país "com potenciais parceiros, como a Venezuela, Brasil, Argentina, Índia, China, entre outros".