No comício orientado por Isaías Samakuva, líder e candidato da UNITA à Presidência da República, David Mendes apelou ao voto no "Galo Negro" como forma de inverter a realidade de Malanje, sua província natal.

"Malanje não tem uma Universidade. Construíram em quase todo o país, centralidades, mas em Malanje não vejo centralidade (...) Malanje produz energia, sai daqui para Luanda, mas aqui em Malanje não temos luz", lamentou David Mendes, que associa a pobreza à má governação.

"Precisamos abrir os olhos, ver quem nos governa. Quando há concurso aqui, pessoas vêm de Luanda ocupar os lugares. Os de Malanje não têm emprego, mas os de fora têm emprego. Se nós não nos unirmos, se nós não formos fortes não nos libertaremos", defendeu o candidato da UNITA à Assembleia Nacional, alertando ainda contra a ocupação de terras.

"Há dias, eu fui ao Cacuso, na terra do meu pai, para visitar a campa do meu pai. Encontrei que cercaram a campa e disseram que isso é dum empresário", contou o advogado, entre apelos à mudança de regime.

"Malanje não é do MPLA, Malanje é dos malanjinos", salientou.