O candidato do MPLA que falava num comício na cidade do Sumbe, província do Kuanza Sul, defendeu a necessidade de incentivar o empresariado nacional e estrangeiro a explorar as margens férteis dos dois grandes rios que atravessam a província para a prática da agro-pecuária, aproveitando o potencial para alimentar o povo e exportar os excedentes.

"Caso vença as eleições de 23 de Agosto, o Governo do MPLA vai explorar ao máximo o potencial económico da província do Kuanza Sul de modo a contribuir para o desenvolvimento do país", acrescentou, apontando um porto de águas profundas como importante para esse desígnio.

João Lourenço sublinhou que deverá também incentivar-se o surgimento de indústrias transformadoras com o envolvimento do Executivo e de empresários nacionais e estrangeiros.

Pediu aos militantes para identificarem a bandeira do partido no boletim de voto, nos dias que antecedem o escrutínio, como forma segura de garantir a vitória do MPLA, ao mesmo tempo que sublinhava que também aqueles que não sabem ler não terão dificuldade em identificar a bandeira do partido.

Os candidatos do MPLA e da UNITA, João Lourenço e Isaías Samakuva, estarão em Benguela na próxima quinta-feira, 17, para um "duelo" político que está a ser visto como importante para testar a capacidade de mobilização das duas maiores forças políticas angolanas.

Estas são as 4ªs eleições por voto directo e universal desde que Angola optou pelo multipartidarismo em 1991.

As eleições gerais de 23 de Agosto contam com seis forças políticas a disputar os 220 lugares no Parlamento e ainda a eleição do Presidente da República e do Vice-presidente, que são, respectivamente, o primeiro e o segundo nome das listas apresentadas pelo círculo nacional.

Vão estar na disputa pelos votos dos 9,3 milhões de eleitores, conforme o sorteio que ditou a disposição no boletim de voto, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que propõe Isaías Samakuva para Presidente da República, a Aliança Patriótica Nacional (APN), cujo cabeça de lista é Quintino Moreira, o Partido da Renovação Social, cuja aposta para a Presidência é Benedito Daniel, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que tem João Lourenço para substituir José Eduardo dos Santos na Cidade Alta, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com Lucas Ngonda a liderar a lista; e a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), que apresenta Abel Chivukuvuku para Chefe de Estado.

O círculo nacional elege 130 deputados e os círculos das 18 províncias elegem 90, cinco deputados por cada uma delas, contando a Comissão Nacional Eleitoral com 12 512 Assembleias de Voto reunindo um total de 25 873 Mesas de Voto.