Como o Novo Jornal Online noticiou ontem, 14, a embaixada de Angola em Nairobi, capital do Quénia, foi encerrada à força na segunda-feira pelo proprietário do edifício devido a uma dívida antiga relativa ao arrendamento.

Depois de colocar cadeados das portas, o proprietário do imóvel impediu ainda que fossem retirados quaisquer objectos do seu interior, inclusive do novo embaixador angolano naquele país, Syanga Abílio, que se encontrava num encontro de representantes dos países junto das instalações da ONU em Nairobi.

O embaixador queniano confirmou, em declarações à Angop, em Luanda, que, depois de ter recebido informações das autoridades angolanas, a situação foi reposta e o consulado está já a funcionar com normalidade nas novas instalações e que "questões do género não voltarão a acontecer".

O diplomata lembrou que as representações diplomáticas estão ao abrigo de protecção nos países onde se encontram como resultado de tratados internacionais, neste caso, a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

Entretanto, a Embaixada de Angola no Quénia decidiu rescindir o contrato de arrendamento com o proprietário das instalações, esclarecendo que o senhorio foi informado em tempo oportuno da rescisão do contrato, comprometendo-se a honrar a dívida "assim que forem disponibilizados os recursos".