Sylvain Itté defendeu, na entrevista ao diário estatal, que "o acesso às divisas é o elemento fundamental" para atrair capitais privados.
"Todas as empresas francesas que encontrei, que têm projectos em Angola, esperam que esta questão do acesso às divisas seja solucionada", sublinhou o diplomata, reforçando a importância deste aspecto.
"Não haverá investimento, não podemos esperar por investimento estrangeiro, sem a solução desta questão. Uma empresa não pode investir milhões de dólares e não poder recuperar o investimento", reiterou.
Apesar de reconhecer que o Presidente da República, João Lourenço, já "deu um sinal claro" de que o assunto está a ser tratado, o embaixador nota que é preciso ver os resultados.
"Vamos esperar que estes sinais positivos continuem a se fazer sentir e que esta questão seja resolvida até ao fim do ano. Esta é a base, não só para as empresas francesas, mas para todas as empresas do mundo", assinalou.
A questão levantada pelo embaixador francês esteve na berlinda na última semana, a partir de um tuíte e Isabel dos Santos.
"Qual o investidor que vai entrar se não dão autorização aos actuais investidores estrangeiros para levarem os lucros em dólares?", perguntou a gestora no Twitter, posicionamento que valeu uma 'troca de mimos' com o Jornal de Angola.