Através de um comunicado divulgado esta segunda-feira, 13, o Ministério do Interior (MinInt) faz um ponto de situação do processo de exumação e inumação dos restos mortais de Jonas Savimbi, iniciado em Dezembro de 2014, em resposta às recentes declarações de Isaías Samakuva sobre o assunto.

O MinInt começa por esclarecer que é o interlocutor do Executivo para tratar deste dossiê - papel assumido por indicação do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos -, cabendo-lhe articular com a direcção da UNITA.

No âmbito deste processo, e já em 2015, o "Galo Negro" apresentou "um caderno de encargos sobre as exéquias do Dr. Jonas Savimbi, que previa actividades até ao primeiro trimestre de 2016", lê-se na nota da instituição tutelada por Ângelo da Veiga Tavares.

O conjunto de acções traçadas pela UNITA incluía a realização de "diligências no sentido de ser localizado o sítio onde foi enterrado o general (António) Dembo", meta que passaria pela apresentação de um "cidadão que dizia que conhecia o local", algo que segundo o MinInt "não aconteceu".

"Para a materialização do exposto, ficou acordado que a Direcção da UNITA endereçaria uma carta ao Ministério do Interior para a sua formalização e submissão ao Executivo, o que não aconteceu", reforça a instituição.

Apesar de sublinhar que o "Galo Negro" não enviou os documentos que se tinha comprometido a entregar, o MinInt garante que o Governo mantém a disponibilidade para resolver o assunto, indicação que transmitiu, por carta, ao presidente da UNITA.

A posição já foi saudada pelo porta-voz dos "Maninhos", Alcides Sakala, que, em declarações ao Jornal de Angola, prometeu que o partido vai "tomar novas iniciativas" para relançar o processo de exumação dos restos mortais de Savimbi.

Jonas Savimbi morreu em combate no dia 22 de Fevereiro de 2002, na região do Lucusse, e o seu corpo foi sepultado na cidade do Luena, capital da província do Moxico.

A vontade da família é que o fundador da UNITA seja sepultado no Bié, a sua província natal.