Horas depois de te sido acusada, num editorial do Jornal de Angola, de ter tido uma postura "desleal" e "reprovável" ao expor nas redes sociais uma mensagem que o director do diário estatal, Victor Silva, lhe encaminhou, na sequência do seu pedido de publicação de um direito de resposta, Isabel do Santos contra-atacou.

No Twitter, a empresária escreveu que "é notório o recente uso do Jornal de Angola e da TPA para agendas pessoais e não do interesse público e de Angola", publicação que identificou com os hashtags #propaganda e #difamação.

A reacção da antiga presidente do conselho de administração da Sonangol reforça o braço-de-ferro com o director do Jornal de Angola, criado na sequência do editorial intitulado "Um falso problema".

No artigo, Victor Silva abordou o novo ciclo político que o país vive, descartando a ideia de uma clivagem entre o Presidente da República, João Lourenço, e o líder do MPLA, José Eduardo dos Santos.

Referindo-se às mudanças na Sonangol, o director sublinhou que "a questão não deve ser posta no facto de Isabel dos Santos ser filha do ex-Presidente da República", acrescentando: "Se calhar, ou talvez por isso mesmo, a petrolífera nacional não conseguia os financiamentos externos necessários ao seu desenvolvimento por saber-se que no combate ao branqueamento de capitais há pessoas politicamente expostas, as chamadas PEP, que estão sob o radar do mundo financeiro mundial".

Para o responsável, "tratou-se de uma medida de gestão, pura e dura, que algumas forças, apanhadas sem argumentação, procuram agora atirar para um alegado conflito político entre o Presidente da República e o líder do MPLA, fomentando um forçado braço-de-ferro e pseudo divisões no partido no poder".

A argumentação do director do JA foi entretanto desmentida por Isabel dos Santos, através da sua conta no Facebook.

A empresária publicou um post em que rotula de "informação falsa" a seguinte passagem do editorial assinado por Victor Silva: "A questão não deve ser posta no facto de Isabel dos Santos ser filha do ex-Presidente da República", acrescentando: "Se calhar, ou talvez por isso mesmo, a petrolífera nacional não conseguia os financiamentos externos necessários ao seu desenvolvimento por saber-se que no combate ao branqueamento de capitais há pessoas politicamente expostas, as chamadas PEP, que estão sob o radar do mundo financeiro mundial".

Apesar de não chegar ao ponto de defender que foi afastada por ser filha do antigo Chefe de Estado, a empresária parece sugerir isso mesmo.