"Não há democracia sem liberdade de expressão, sem liberdade de imprensa. Direitos consagrados na nossa Constituição e que o executivo angolano, primeiro do que quaisquer outras instituições do Estado angolano, tem a obrigação de respeitar e cumprir", declarou João Lourenço durante a cerimónia de tomada de posse dos novos conselhos de administração da Televisão Pública de Angola (TPA), Rádio Nacional de Angola (RNA), Edições Novembro (Jornal de Angola) e Agência Angola Press (Angop).

Depois de ter exonerado, a 9 de Novembro, as administrações de todas as empresas públicas de comunicação social, João Lourenço lembrou agora aos novos ocupantes dos cargos que "devem procurar encontrar uma linha editorial que sirva de facto o interesse público, que dê voz, que dê espaço, aos cidadãos dos mais diferentes extratos sociais", e dê, igualmente "espaço às organizações da chamada sociedade civil".

O chefe de Estado recordou aos novos administradores que, enquanto elementos da administração destes órgãos, têm a "responsabilidade" de "encontrar o ponto de equilíbrio, no sentido de satisfazerem o interesse público".

João Lourenço falou ainda da necessidade de mudanças no canal internacional da TPA, para que este passe a ser um canal "virado para o mundo".

"Um canal internacional que reflicta, de facto, a realidade de Angola, que venda a imagem de Angola, que mostre as suas belezas, que mostre sobretudo as suas grandes potencialidades, para que desta forma possamos atrair não apenas turistas, mas sobretudo potenciais investidores", concluiu.

Confira as mudanças, por cada um dos órgãos de informação do Estado