"Kaxikane, onde nasceu António Agostinho Neto, é uma terra abandonada", afirmou a viúva, à margem da cerimónia de homenagem ao antigo Presidente da República de Angola, efectuada pela direcção de Estado-Maior do Exército.

Maria Eugénia Neto descreveu com saudade alguns momentos vividos com o seu marido, que, sublinhou, "fez sacrifícios pela pátria e, com os seus guerrilheiros, tornou possível a Independência de Angola".

O historiador António Bondo Vemba defendeu a construção de um memorial na localidade, de forma a dignificar o primeiro Presidente de Angola e as comunidades locais.

"É urgente a construção de um memorial na localidade de Kaxikane em homenagem ao primeiro Presidente de Angola", frisou, lamentando que Neto seja "apenas lembrado quando se aproxima a sua data".

"É uma homenagem merecida ao Fundador da Nação, ao primeiro Presidente de Angola, que fez com que nos tornássemos livres e a viver a vida que temos hoje", referiu.

Bié acolhe acto central

A província do Bié foi escolhida para acolher o acto central nacional do Dia do Herói Nacional, numa cerimónia que será presidiada, segunda-feira, pelo Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa.

Segundo apurou o NJOnline, na cidade do Kuito, as condições estão criadas para o evento.

O antigo governador do Bié e actual secretário-geral do MPLA disse que "dia 17 de Setembro é uma data histórica para todos os angolanos, que devem lembrar os feitos do doutor Agostinho Neto".

Recorde-se que o Presidente da República, João Lourenço, prometeu, no sábado passado, que os angolanos vão organizar uma cerimónia de grande envergadura, na celebração dos 100 de nascimento de Agostinho Neto.

Nascido a 17 de Setembro de 1922, em Kaxikane, Icolo e Bengo, António Agostinho Neto proclamou a Independência Nacional a 11 de Novembro de 1975, e faleceu a 10 de Setembro 1979, por doença, na Ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).