Manuel Augusto terá como missão representar João Lourenço, enquanto líder do Órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança (OCPDS) da SADC, a quem foi feito um pedido expresso para averiguar a situação pré-eleitoral.

A presença angolana foi exigida pelo líder da oposição, Nelson Chamisa, do MDC, essencialmente no que diz respeito aos alegados entraves por parte da Comissão Eleitoral do Zimbabué (ZEC) para que a oposição possa aceder ao processo de criação, impressão e armazenamento dos boletins de voto.

A oposição teme que a ZEC possa estar a trabalhar de forma a criar condições para irregularidades que prejudiquem o MDC e favoreçam a ZANU-PF, de Emmerson Mnangagwa, que ocupou o lugar deixado vago por Mugabe, afastado em Novembro do ano passado por um golpe militar.

A primeira iniciativa de Manuel Augusto em Harare vai ser um encontro com Chamisa, de quem ouvira as principais preocupações quanto ao curso do processo eleitoral, estando ainda em agenda encontros com os outros candidatos.

Nelson Chamisa disse de forma clara, antes da partida do MIREX para Harare, que não quer que lhe aconteça o mesmo que aconteceu ao seu antecessor, o histórico Morgan Tsvangirai, falecido recentemente, cujas candidaturas contra Robert Mugabe foram descritas sempre como prejudicadas por fraudes eleitorais arquitectadas em conluio com a ZEC.