Condecorado em 2010 pelo Presidente da República com o título honorífico de Herói Nacional, pela luta independentista, o general "Dibala" integrou, em 1970, a comitiva que participou, em Roma, na "Conferência Internacional de Solidariedade para com dos Povos das Colónias Portuguesas", precursora da descolonização.

"Valeu a pena o sacrifício. Angola é um país livre e soberano", frisou Rui Alberto Filomeno de Sá aquando da distinção presidencial, numa cerimónia em que foram agraciados outros 59 heróis.

Falando em nome do grupo, o general "Dibala" considerou que a condecoração representa "o reconhecimento dos sacrifícios da bravura e do heroísmo do povo angolano".

"Não fizemos mais do que cumprir o nosso dever e respeitar o que a nossa consciência nacionalista nos ditava", reforçou o ex-combatente, acrescentando que "se a História assim exigisse", todos voltariam a agir em conformidade.

Para além do contributo para o processo de libertação nacional, Rui Alberto Filomeno de Sá - que no ano passado, no VII Congresso do MPLA, foi reconfirmado como um dos membros do Comité Central - destacou-se no desporto, primeiro como atleta e mais tarde como dirigente. Nesta lides, ocupou os cargos de Presidente da Federação Angolana de Voleibol, Vice Presidente do Comité Olímpico Angolano e Chefe da Missão Angolana aos Jogos Olímpicos de Sidney (2000).

Casado com Cristina Odete de Sá, co-fundadora da Organização da Mulher Angolana, o antigo guerrilheiro do MPLA tinha sido operado à carótida, em Abril deste ano, na cidade portuguesa de Braga.