Numa declaração do Bureau Político do MPLA por ocasião do dia do Antigo Combatente que, hoje se assinala, o partido no poder refere que continuará a apoiar o movimento associativo dos antigos combatentes e veteranos da Pátria, devendo merecer uma atenção especial a organização aglutinadora de todas as associações criadas por este grupo-alvo, para que seja facilitada a concertação permanente com as instituições do Estado, vocacionadas para o efeito.

O MPLA considera prioritário que o Executivo e toda a sociedade angolana continuem a promover acções de índole política, económica, social e cultural, em prol dos antigos combatentes, no propósito de dignificá-los, pela sua indiscutível contribuição à luta pela autodeterminação do povo angolano, garantindo-lhes, essencialmente, uma pensão mensal, independentemente de terem ou não algum vínculo laboral.

"O MPLA destaca o papel desempenhado pelo antigo combatente, num passado recente da história de Angola, como o cidadão que, sob a direcção organizada de um movimento de libertação nacional ou integrando células ou grupos activos da clandestinidade, tenha prestado a sua contribuição voluntária e patriótica à Luta de Libertação contra o colonialismo português, até à conquista da Independência de Angola", conclui a declaração rendendo "profunda homenagem" a todos aqueles que, na sua condição de guerrilheiros, participantes da luta clandestina ou presos políticos das então cadeias coloniais portuguesas, viabilizaram a proclamação da Independência Nacional, em 11 de Novembro de 1975.

FNLA acusa Governo de ignorar os seus ex-combatentes

A Associação dos Antigos Combatentes da FNLA acusa o Governo de não estar a incluir os seus associados na Caixa Social das Forças Armadas Angolanas (CSS/FAA).

O presidente da instituição, Lino Massaqui Ucaca, lamentou que entre os combatentes que lutaram para libertação de Angola do jugo colonial português, só as FAPLA (MPLA) e das FALA (UNITA) beneficiem de regalias sociais e outras benesses, em detrimento dos do Exército de Libertação de Angola (ELNA - FNLA), revelando que esta situação remonta a 1992.

O Dia Nacional dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria foi instituído a 15 de Janeiro para valorizar aqueles cidadãos (mortos ou vivos) que deram o melhor de si para a independência do país.

A data foi instituída e aprovada pela Assembleia Nacional, durante a sua primeira sessão plenária extraordinária de 2011, e escolhida para honrar os Acordos de Alvor de 1974 rubricados pela administração colonial portuguesa e os três movimentos de libertação nacional (MPLA, UNITA e FNLA).

O país tem registados 174.837 beneficiados, dos quais 158.279 são pensionistas que recebem os subsídios via banco e 9.229 não.