Diamantino Pedro Azevedo falava em Luanda, na cerimónia de transmissão de pastas, depois de no sábado ter sido empossado nas funções de ministro dos Recursos Minerais e Petróleos do novo Governo formando pelo Presidente João Lourenço.

"Temos de imediato uma acção a realizar, e que esperamos fazê-la no espaço de uma semana, que é preparar o novo estatuto orgânico, que é para permitir, na prática, a fusão dos dois ministérios", explicou o novo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos.

Este novo ministério resulta das anteriores tutelas dos Petróleos e da Geologia e Minas, responsáveis pelos dois produtos que garantem a quase totalidade de exportações nacionais: petróleo e diamantes.

"Esta é uma tarefa exigente porque nós teremos de aglutinar direcções, aglutinar gabinetes. E peço desde já a compreensão de todos os colegas, porque nós iremos ter uma redução de direcções e uma redução de gabinetes, para tornar o ministério eficiente", defendeu Diamantino Pedro Azevedo.

O novo Governo conta com 32 ministros (incluindo três de Estado), nove dos quais mantendo-se nas mesmas pastas para as quais tinham sido nomeadas pelo anterior chefe de Estado, José Eduardo dos Santos.

O anterior Governo contava com 31 ministérios, mas na tomada de posse, a 26 de Setembro, João Lourenço reafirmou a intenção de promover a redução do executivo, no âmbito de uma reforma do Estado, prevendo a "descentralização de poderes, a implementação gradual das autarquias e a municipalização dos serviços em geral".

"A estrutura do executivo será reduzida de modo a garantir a sua funcionalidade sem dispersão de meios e evitando o esbanjamento e o desperdício de recursos que são cada vez mais escassos", apontou Lourenço, que encabeçou a lista do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) que venceu as eleições gerais angolanas de 23 de Agosto, tendo sido eleito terceiro Presidente da República.