NJ - O boicote às sessões plenárias que o SJA prometeu levar a cabo agora em 2017 só peca por ser tardia, na sua opinião?

TC - Na verdade, o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) entendeu que, antes de partir para uma medida como esta, era preferível fazer as diligências que se impunham, porque poderíamos eventualmente não ter autoridade, fundamentalmente autoridade moral, para esta posição que estamos a tomar agora, se não tivéssemos antes feito as diligências que fizemos. E as diligências que fizemos têm que ver com abordar o presidente da Assembleia Nacional, primeiro, e depois abordar as outras entidades auxiliares que trabalham na própria Assembleia Nacional para lhes fazer ver que a situação a que estavam sujeitos os jornalistas angolanos era uma clara violação à liberdade de imprensa, era uma clara censura. Fizemos chegar esta preocupação ao presidente da Assembleia Nacional, inclusive no último ano em que a Assembleia trabalhou nas antigas instalações, o presidente da Assembleia garantiu- nos que quando se transferisse para as novas instalações os jornalistas teriam liberdade de trabalhar como deve ser. O certo é que não, o certo é que os jornalistas estão confinados a um compartimento, a uma sala a partir da qual fazem a cobertura...por exemplo, quando há uma discussão, ou um projecto de lei, por exemplo, no final da qual os jornalistas não sabem ao certo qual foi o partido que votou a favor, qual que se absteve e qual votou contra.

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