João Lourenço garantiu, pouco depois de ter aterrado no Aeroporto da Mukanka, no Lubango, nas primeiras declarações, fez saber que tem dado especial atenção ao processo de desenvolvimento do Lubango e da região em que a cidade está inserida, embora tenha assumido que há equipamentos essenciais que ainda não existem em número suficiente para potenciar ainda mais esse desenvolvimento, como matadouros, para aproveitar a forte criação de gado que ali se observa.

Este olhar atento do Chefe de Estado e do Executivo tem subjacente a urgência que há muito é conhecida de desanuviamento da cidade de Luanda, que acolheu vários milhões de cidadãos oriundos das províncias menos desenvolvidas por falta de condições de vida suficientes para manter as pessoas e também devido a décadas de conflito armado, tendo servido como porto de abrigo aos milhões que procuravam escapar da guerra.

Sobre o Lubango, João Lourenço disse que pode ser uma plataforma de "descompressão" de Luanda se forem criadas as condições, sublinhando que tal se aplica igualmente às restantes capitais de província, face aos "níveis insuportáveis" de congestionamento populacional da capital angolana, cujas infra-estruturas estão visivelmente sobrecarregadas, levando a uma notória perda de qualidade de vida de quem nela habita.

Para atacar este problema, o Presidente sublinha a importância de "fazer o caminho inverso", ou seja, pensar e criar polos de desenvolvimento nas restantes províncias do país, desde logo no Lubango, capital de uma província com forte potencial de desenvolvimento.

O que, entende, já está a suceder, visto que o seu programa de trabalho durante os dois dias que vai permanecer na Huíla, compreende a inauguração de equipamentos na área da educação, saúde e, entre outras, habitação.

O Chefe de Estado, citado pelos media estatais, chamou a atenção para o potencial agrícola da Huíla no seu todo, apelou para que o potencial de criação de gado seja tido em conta e garantiu empenho em "trabalhar no sentido de tirar o melhor proveito da tradição que os povos desta região têm em termos de pecuária e produção agrícola", admiti do que, para isso, urge, por exemplo, a construção de matadouros, apelando ao empreendedorismo privado para que esse passo aconteça.