Através de uma publicação no seu site Maka Angola, Rafael Marques adianta que o Chefe de Estado, através do seu director de gabinete, Edeltrudes Costa, transmitiu que "lamenta o incidente desta manhã".

Em causa está o facto de o activista ter sido impedido de participar num encontro entre João Lourenço e membros da sociedade civil, realizado esta manhã no Palácio Presidencial da Cidade Alta, e para o qual tinha sido convidado pelos serviços da Presidência.

Segundo Rafael Marques, que conta a história no Maka Angola, a única justificação que lhe foi transmitida no local foi a de que o seu nome não constava da lista de convidados.

"Os serviços de apoio do PR até podem ter uma melhor explicação. Vi à porta altos funcionários da Presidência e da assessoria de imprensa", relatou, concluindo: "Eu estive lá, mas não me deixaram entrar".

Afastado do encontro onde estiveram 13 representantes de organizações não-governamentais, ou activistas sem ligação a quaisquer organizações, Rafael Marques terá agora direito a uma audiência privada.

O activista reitera que acredita "na boa vontade do Presidente", pelo que sublinha que "será uma honra" encontrar-se com ele.

"Vários cidadãos tiveram o cuidado de me enviar notas sobre as principais preocupações do nosso povo, da nossa sociedade, para que eu as abordasse com o Presidente João Lourenço. Farei questão de lhe pedir um minuto adicional da sua atenção para expor algumas dessas preocupações de interesse nacional", antecipa o activista.