Em nota enviada hoje, a Casa Civil do Presidente da República indica que Mattarella vai cumprir um programa oficial que prevê também um almoço oficial, em que haverá discursos sobre o estado das relações bilaterais, após o encontro com João Lourenço, seguindo-se breves declarações à imprensa.

Ainda na quarta-feira, o chefe de Estado italiano desloca-se ao Hospital da Divina Providência, no município do Kilamba Kiaxi, arredores de Luanda, e visitará depois o Museu Nacional de História Militar, finalizando o dia com um encontro com representantes da comunidade italiana em Angola.

No último dia da visita, quinta-feira, Mattarella participará na Assembleia Nacional numa sessão solene especial, durante a qual terá a oportunidade de se dirigir, em discurso, aos deputados da Nação, após o que seguirá, a meio da manhã para o aeroporto, de regresso a Roma.

A Itália tem desde 1980 uma forte relação empresarial com Angola, sobretudo no domínio do petróleo, com a petrolífera ENI, em parceria com a Sonangol, a explorar vários blocos em águas profundas no 'offshore' angolano. Primeiro país da Europa ocidental a reconhecer Angola como país independente, em Fevereiro de 1976, ano em que os dois Estados estabeleceram relações diplomáticas, Itália tem também interesses nos domínios da agricultura, defesa, turismo e finanças.

A última visita de um alto representante do Estado transalpino a Angola aconteceu em Novembro de 2017, com a deslocação do então primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni. Antes de Gentiloni, Matteo Renzi, também chefe do Governo italiano, visitou Angola em julho de 2014.

A primeira visita de um chefe de Estado angolano a Itália ocorreu em Julho de 1997, com José Eduardo dos Santos.