Para além da Interpol, EUA e Portugal, Angola conta também com a colaboração da Inglaterra, Espanha, Suíça e Emirados Árabes Unidos para o processo de repatriamento de capitais, enumerou Ângelo da Veiga Tavares.

O governante falava na abertura da conferência "Corrupção - Um Combate de Todos para Todos", realizada hoje, 10, no Anfiteatro do Palácio da Justiça, em Luanda.

A par do apoio internacional mobilizado, o ministro recordou os avanços internos feitos neste domínio, como o reforço dos meios humanos e materiais afectos ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), à Inspecção-Geral do Estado (IGAE) e à Unidade de Informação Financeira (UIF).

Ângelo da Veiga Tavares lembrou que o país criou legislação especificamente para este fim e acrescentou que a própria Procuradoria-Geral da República constituiu uma Direcção-Nacional de Prevenção e Combate à Corrupção.

"Esperamos que aqueles que beneficiaram destes esquemas aproveitem a complacência legal colocada à sua disposição e dela lancem mão, recordando-lhes a máxima popular 'quem tudo quer, tudo perde', pois o Executivo e o Presidente [João Lourenço] estão determinados neste processo", apontou o ministro.

O titular do Ministério do Interior sublinhou ainda que uma vez terminado o período para repatriamento voluntário, o Estado usará todos os meios coercivos para resgatar os meios.