Georges Chicoty foi um dos elementos que integrou a missão da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) enviada de urgência para o Lesoto logo após a morte do general Khoantle Motsomotso.

Este oficial superior foi assassinado, por oficiais rivais, durante um tiroteio no interior do quartel militar de Maseru, capital do Lesoto, o que veio reavivar a instabilidade que tem, ao longo dos tempos, marcado o pequeno reino montanhoso encravado no interior da África do Sul.

Os Chefes de Estado e de Governo da SADC procuram, com este encontro de emergência, atalhar caminho na procura de uma forma de estancar a crescente instabilidade provocada por esta morte, numa altura em que o Lesoto tinha eleito um novo Governo, chefiado por Thomas Tabane, há menos de três meses e que procurava sarar feridas antigas e profundas.

O próprio Tabane tinha sido obrigado a deixar o país há cerca de três anos devido a um golpe militar, e, depois de vencer as eleições, tinha formado um executivo cujo objectivo maior era, e ainda é, criar condições para uma estabilidade duradoura.

E é com o objectivo de ajudar a garantir a estabilidade no pequeno reino que a SADC convocou os seus líderes máximos para esta sexta-feira, onde deverão ser tomadas as decisões que já estão a ser trabalhadas há uns dias pelos peritos da comunidade e pelas chefias militares.

Angola tem neste contexto um papel importante a desempenhar visto que tem actualmente a presidência do Órgão de Cooperação, Política, Defesa e Segurança da SADC, tendo, nessa qualidade, Chicoty, em representação de José Eduardo dos Santos, estado reunido com o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, na terça-feira.

O MIREX divulgou uma nota onde avança que esta Cimeira da SADC de Pretória vai analisar as recomendações produzidas pela missão de avaliação da troika do órgão que esteve no Lesoto logo a seguir ao assassinato do general Motsomotso.